Formação Empreendedorismo na ANJAF
22 Novembro 2008Neste momento estou a dar uma formação de um modulo de informática a 10 mulheres na ANJAF (Associação nacional de jovens para a acção familiar), uma associação com sede em Lisboa que tem como objectivos de intervenção , passo a citar, “a realização de actividades que contribuam para promover a integração sócio-profissional e o desenvolvimento sócio-cultural dos jovens em particular, e de todos os grupos expostos ou em situação de exclusão, com vista à promoção de coesão do tecido social.”
Contente em poder trabalhar com uma associação que preste este honroso tipo de serviços à sociedade Portuguesa, relembrando que já não é a primeira vez que o faço, fiquei ainda mais contente em poder rever com os órgãos parte do curso que me competia, que é essencialmente o de informática.
Sendo assim sugeri, que, já que falamos de empreendedorismo, porque não apostar em apenas software livre, já que se insere perfeitamente no domínio de trabalho da associação, justifiquei não só com exemplos do Brasil (onde é mais visível a dicotomia inclusão social-informática), a adopção de standards utilizados na união europeia (ODF e PDF), e claro a redução de custos em software por parte dos formandos, logo no inicio da sua actividade.
A aceitação foi imediata, provando a abertura quer da entidade, quer também por parte das formandas, perceberam e adoraram o conceito, abrindo-lhe até novos horizontes no que toca à compreensão do software. A adaptação, tem o seu tempo, mas está a ser rápida, para quem trabalhava com a suite da M$.
A experiência está a ser muito boa, neste momento estamos a trabalhar em OpenOffice, brevemente trabalharemos com Mozilla Firefox e Thunderbird, com a configuração da conta de correio electrónico e sincronização do calendário do Google, Komposer, e talvez demos um pulinho a GIMP.
Brevemente darei mais notícias sobre esta formação, a qual deveria ser um grande exemplo para todas as entidades formadoras, até para algumas empresas e entidades aqui de Caldas da Rainha.
Quando essas Sras terminarem a sua formação, de que lhes vai valer meterem essas ferramentas no curriculo, que não são usadas por 99% das nossas empresas?
Compreendo a ideia, mas sejamos realistas … não metam ai o Windows, o MS Office e o Internet Explorer, e as perninhas dessas Sras continuarão cortadas.
Exmo Sr Paulo Abreu
Lamento pelo seu desconhecimento, em primeiro lugar, pelo domino crescente do software livre (até no mercado Português), para não falar da sua filosofia, em segundo pelo seu total desconhecimento sobre a plataforma e pelos resultados produzidos.
Não querendo me alongar mais pelos pormenores, mas acredito que todas elas serão bem mais capazes de funcionar com ambos os softwares, quer livres, quer proprietários, que o senhor, para alem de se sentirem obviamente mais seguras, quer no sistema operativo, quer na navegação.
Já agora, sabe o que são standards (http://www.infowester.com/odf.php)? É caso para lhe perguntar, quem está mais preparado no futuro, o senhor, ou elas?
Pois… Já agora porque não olha à sua volta, é que por acaso a empresa que vem assinada no seu nome até faz publicidade ao projecto colibri, construído em software livre, servidores em linux, etc…
PS: Já reparou que também usa Firefox?
Já reparou que também usa o Microsoft Windows? 🙂
Creio que o Adriano não percebeu muito bem a minha mensagem.
Quanto ao juízo, não me conhecendo, estou certo que se tratou de um momento de menor reflexão.
O facto de eu usar um sistema operativo proprietário não me impede de usar maioritariamente (senão quase totalmente) software livre na maioria das situações. Como deveria ter visto sou formador em varias áreas e algumas das minhas melhores competências prendem-se ao Adobe Photoshop, (que sei que poderia usar em MAC, mas ainda não tenho dinheiro para esse tipo de maquinas, mas trabalho perfeitamente neles).
Quanto ao meu juízo, acho que foi o mais adequado perante a irrealidade que me apresentou, e acredite, que está um pouco desactualizado já perante a algumas PME’s portuguesas, para não falar até das caldenses, que eu memso tenho implementado.
Muitas grandes empresas portuguesas estão a mudar agora a sua visão, e em breve verá como tenho razão!
Caro Paulo Abreu
Não creio que disponha de informação suficiente sobre o assunto, só essa razão o poderia levar a tecer tais comentários.
Antes de mais, deixe-me proporcionar-lhe uma boa gargalhada e bons motivos, consulte este link:
http://www.webtuga.com/10-razoes-para-nao-utilizar-ubuntu/
Devo contestar que a globalização nos veio tirar a nossa ideia “portuguesinha” de que nós não temos relações com mais niguém, e se antes as alianças eram de guerra, hoje em dia, são comerciais, e interessa a todos os países estar do lado daqueles que mais se capitalizam.
Ora bem, com a desvalorização da moeda americana, e corrente situação de crash bolsista e comercial, talvez esteja na altura certa para Portugal se começar a “entender” com outros países que traçam os paços da hegemonia comercial e valorização do ser humano como capital mundial.
Neste contexto, convém então olhar para países no Norte da Europa e no oriente. Alguma vez se questionou se eles têm como utilizar no seu computador o W$ Live Messenger ou o W$ Vista?
Bem, no Oriente isso seria “andar para trás” no Norte da Europa seria só estúpido!
Já agora, reparou que eu uso o Ubuntu?